A Região

No Dão, a natureza foi particularmente generosa.

Em qualquer um dos percursos da Região, o melhor guia que se pode encontrar é um vinho do Dão. Porque descobrir a natureza ou a obra dos homens é encontrar o

As vinhas estão instaladas em terrenos de baixa fertilidade, predominantemente graníticos com diversos afloramentos xistosos que surgem a sul e a poente
da Região. Ainda que se encontre implantada em altitudes que rondam os 800 metros, é entre os 400 – 500 que vegeta em maior quantidade.

O acidentado do terreno, circundado por um conjunto de grandes serras que o protegem das influências exteriores (a poente encontra-se a serra do Caramulo, a sul a luxuriante Buçaco, a norte a serra da Nave e a leste a imponente Estrela), constituem uma importante barreira às massas húmidas do litoral ou aos agrestes ventos continentais. O minifúndio e a exuberante vegetação com verde de todas as tonalidades, que vai alternando com rocha, contribuem para o quase anonimato da vinha na paisagem. E, no entanto, as videiras estão lá plantadas em cerca de 16 000 hectares, numa área geográfica de 388 000 hectares onde as gentes do Dão aproveitam as excelentes condições edafo-climáticas para explorar a sua ancestral aptidão agrícola.

A rede hidrográfica da Região caracteriza-se por um traçado rígido indicando um ajustamento claro à estrutura do relevo por onde correm os três principais rios da região – O Dão, o Mondego e o Alva – cujos cursos apresentam um grande paralelismo enquanto percorrem todo o maciço granítico. O clima, não obstante ser temperado, é frio e chuvoso no Inverno e muito quente e seco no Verão, havendo contudo variações microclimáticas de grande importância para a qualidade dos vinhos, onde se enquadram as sub-regiões de Alva, Besteiros, Castendo, Serra da Estrela, Silgueiros, Terras de Azurara e Terras de Senhorim. Encontram-se assim reunidas condições únicas para a produção de vinhos com características próprias e bem definidas. 

mesmo equilíbrio que existe num vinho do Dão. Porque descobrir um tinto ou branco do Dão é encontrar o queijo Serra da Estrela, a maçã Bravo de Esmolfe, o cabrito, a doçaria e os enchidos que melhor o acompanham.

Porque descobrir as quintas, as vinhas, as adegas é ouvir histórias e ficar infinitamente mais rico. Porque descobrir os vinhos e a região do Dão é ter a certeza que se vai repetir esta experiência, todas as vezes, como se fosse sempre a primeira vez.

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